Rocha

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Para outros usos deste termo, veja-se Rocha (desambiguación).

Blocos rocosos na orla do mar.

Em geologia chama-se rocha ao material composto de um ou vários minerales como resultado final dos diferentes processos geológicos. O conceito de rocha não se relaciona necessariamente com a forma compacta ou cohesionada; também as gravas, areias, arcillas, ou inclusive o petróleo, são rochas.

As rochas estão submetidas a contínuas mudanças pelas acções dos agentes geológicos, segundo um ciclo fechado (o ciclo das rochas), chamado ciclo litológico, no qual intervêm inclusive os seres vivos.

Conteúdo

Composição

As rochas estão constituídas em general como misturas heterogéneas de diversos materiais homogéneos e cristalinos, isto é, minerales. As rochas poliminerálicas estão formadas por grãos ou cristais de várias espécies mineralógicas e as rochas monominerálicas estão constituídas por grãos ou cristais de um mesmo mineral. As rochas costumam ser materiais duros, mas também podem ser macias, como ocorre no caso das rochas arcillosas ou as areias.

Na composição de uma rocha podem diferenciar-se duas categorias de minerales:

  1. Minerales essenciais – São os minerales que caracterizam a composição de uma determinada rocha, os mais abundantes nela. Por exemplo, o granito sempre contém cuarzo, feldespato e mica.
  2. Minerales acessórios – São minerales que aparecem em pequena proporção (menos de 5% do volume total da rocha) e que em alguns casos podem estar ausentes sem que mudem as características da rocha da que fazem parte. Por exemplo, o granito pode conter zircón e apatito.

Tipos de rochas

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Formação de lhes rochas: 1– erosión, transporte, sedimentación e diagénesis; 2– fusão; 3– pressão e temperatura; 4– enfriamiento.

As rochas podem-se classificar atendendo a suas propriedades, como a composição química, a textura, a permeabilidad, entre outras. Em qualquer caso, o critério mais usado é a origem, isto é, o mecanismo de sua formação. De acordo com este critério classificam-se em ígneas (ou magmáticas), sedimentarias e metamórficas, ainda que pode considerar-se aparte uma classe de rochas de alteração, que se estudam mais com frequência entre as sedimentarias.

Rochas ígneas ou magmáticas

Artigo principal: Rochas ígneas

Formam-se pela solidificación de um magma, uma massa mineral fundida que inclui volátiles, gases dissolvidos. O processo é lento, quando ocorre nas profundidades da corteza, ou mais rápido, se acaece na superfície. O resultado no primeiro caso são rochas plutónicas ou intrusivas, formadas por cristais grossos e reconocibles, ou rochas vulcânicas ou extrusivas, quando o magma chega à superfície, convertido em lava por desgasificación.

As rochas magmáticas intrusivas são com muito as mais abundantes, formam a totalidade do manto e as partes profundas da corteza. São as rochas primárias, o ponto de partida para a existência na corteza de outras rochas.

Dependendo da composição do magma de partida, mais ou menos rico em sílice (SiO2), classificam-se em ultramáficas (ou ultrabásicas), máficas, intermediárias e siálicas ou ácidas, sendo estas últimas as mais ricas em sílice. Em general são mais ácidas as mais superficiais.

As estruturas originais das rochas ígneas são os plutones, formas em massa originadas a grande profundidade, os diques, constituídos no subsuelo como recheados de grietas, e coladas vulcânicas, mantos de lava arrefecida na superfície. Um caso especial é o dos depósitos piroclásticos, formados pela queda de bombas vulcânicas, cinzas e outros materiais arrojados ao ar por erupções mais ou menos explosivas. Os cones vulcânicos formam-se com estes materiais, às vezes alternando com coladas de lava solidificada (cones estratificados).

Rochas sedimentarias

Artigo principal: Rochas sedimentarias

Estratos de rochas sedimentarias.

Constituem-se por diagénesis (compactación e endurecimento) dos sedimentos, materiais procedentes da alteração em superfície de outras rochas, que posteriormente são transportados e depositados pela água, o gelo e o vento, com ajuda da gravidade ou por precipitação desde dissoluções. Também se classificam como sedimentarios os depósitos de materiais organógenos, formados por seres vivos, como os arrecifes de coral, os estratos de carvão ou os depósitos de petróleo. As rochas sedimentarias são as que tipicamente apresentam fósseis, restos de seres vivos, ainda que estes podem se observar também em algumas rochas metamórficas de origem sedimentario.

As rochas sedimentarias formam-se nas cuencas de sedimentación, as concavidades do terreno a onde os materiais arrastados pela erosión são conduzidos com ajuda da gravidade. As estruturas originais das rochas sedimentarias chamam-se estratos, capas formadas por depósito, que constituem formações às vezes de grande potência (espessura).

Rochas metamórficas

Artigo principal: Rochas metamórficas

Em sentido estrito é metamórfica qualquer rocha que se produziu pela evolução de outra anterior ao ficar esta submetida a um ambiente energeticamente muito diferente do de sua formação, bem mais quente ou mais frio, ou a uma pressão muito diferente. Quando isto ocorre a rocha tende a evoluir até atingir características que a façam estável baixo essas novas condições. O mais comum é o metamorfismo progressivo, o que se dá quando a rocha é submetida a calor ou pressão maiores, ainda que sem chegar a se fundir (porque então entramos no terreno do magmatismo); mas também existe um conceito de metamorfismo regresivo, quando uma rocha evoluída a grande profundidade — baixo condições de elevada temperatura e pressão — passa a encontrar na superfície, ou cerca dela, onde é instável e evolui a pouco que algum factor desencadeie o processo.

As rochas metamórficas abundam em zonas profundas da corteza, acima do zócalo magmático. Tendem a distribuir-se classificadas em zonas, diferentes pelo grau de metamorfismo atingido, segundo a influência do factor implicado. Por exemplo, quando a causa é o calor libertado por uma carteira de magma, as rochas formam uma aureola com zonas concêntricas ao redor do plutón magmático. Muitas rochas metamórficas mostram os efeitos de pressões dirigidas, que fazem evoluir os minerales a outros laminares, e tomam um aspecto laminar. Exemplos de rochas metamórficas, são as pizarras, os mármoles ou as cuarcitas.

O ciclo das rochas ou ciclo litológico

Artigo principal: Ciclo litológico

No contexto do tempo geológico as rochas sofrem transformações devido a diferentes processos. Os agentes geológicos externos produzem a meteorización e erosión, transporte e sedimentación das rochas da superfície.

Chama-se meteorización à acção geológica da atmosfera, que produz uma degradação, fragmentação e oxidación. Os materiais resultantes da meteorización podem ser atacados pela erosión e transportados. O agregado de fragmentos de rocha deslocados formam derrubios. Quando cessa o transporte dos materiais, estes se depositam em forma de sedimentos nas cuencas sedimentarias, uns sobre outros, formando capas horizontais (estratos).

Os sedimentos sofrem uma série de processos (diagénesis) que os transformam em rochas sedimentarias, como a compactación e endurecimento; produz-se nas cuencas sedimentarias, principalmente os fundos marinhos.

A compactación é o processo de eliminação de ocos em um sedimento, devido ao peso dos sedimentos que caem em cima. O endurecimento é consequência produzida pela compactación; consiste na formação de um cemento que une entre si aos sedimentos (os fragmentos de rochas).

Utilidade das rochas

As rochas podem ser úteis por suas propriedades fisicoquímicas (dureza, impermeabilidad, etc.), por seu potencial energético ou pelos elementos químicos que contêm.[1] Seguindo este critério, as rochas podem classificar-se em:

  • Rochas industriais. São rochas que se aproveitam por suas propriedades fisicoquímicas, independentemente das substâncias e a energia que se possa extrair. Usam-se maioritariamente na construção de moradias e em obras públicas. Destacam grava-las e areias, que se utilizam como áridos, a caliza, o yeso, o basalto, a pizarra e o granito. O cuarzo é a base da fabricação do vidro, e a arcilla dos produtos cerámicos (tijolos, teças e loza).
  • Rochas energéticas. São úteis pela energia que contêm, que pode se extrair com facilidade por combustão. Trata-se do carvão e do petróleo.
  • Minerales industriais. Os minerales que contêm as rochas são com frequência mais interessantes que as próprias rochas já que incluem elementos químicos básicos para a humanidade (ferro, cobre, chumbo, estaño, alumínio, etc.)

Veja-se também

  • Geologia
  • Mineralogía
  • Suiseki
  • Anexo:Rochas

Referências

  1. Costa, M., Ferrer, M., Bonafeu, M.D., Estrada, M. & Roger, E. 2009. Ciències da Terra i do Medi Ambient, 2. Castellnou, Barcelona. ISBN 978-84-9804-640-3

Enlaces externos

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